No noroeste da Amazônia Brasileira, existe um lugar remoto e agreste, onde a noite dura para sempre. Um lugar de árvores seculares, gigantescas, que formam um telhado de folhas tão denso que o Sol jamais chega ao chão. Lá, não há vilas, tribos e nem rios navegáveis. Lá, os rádios e os equipamentos eletrônicos de orientação não funcionam. Os índios consideram essa região agourenta e a chamam, em sua língua, de “Terra da Noite que Devora”. Mas nativos supersticiosos não são os únicos a evitá-la. Os próprios militares responsáveis por seu patrulhamento quase nunca põem os pés lá. Não se pode culpá-los por isso. Com tanto território para cuidar, por que dar prioridade a um hostil e sombrio setor de selva, afastado da fronteira e das rotas de traficantes, no qual é tão difícil se movimentar? Essa desatenção, no entanto, não passou despercebida. Contando com a ausência de fiscalização, norte-americanos operam lá há anos. Sua missão é analisar e traficar plantas e animais que possam ter valor financeiro. Normalmente, é um negócio muito rentável, mas esse não será o caso de 2003. Escuridão é uma obra de terror – dinâmica, assustadora e surpreendente. Embora tenha tamanho de romance, sua narrativa é veloz e cativante como a de um conto. Sem qualquer pretensão de tornar-se um livro político, ele aborda, com minucioso realismo, a ação de biopiratas dentro das fronteiras brasileiras e o dia-a-dia inglório daqueles encarregados de combatê-los. Ao mesmo tempo, levanta interessantes questões sobre os mistérios ainda velados da maior floresta equatorial do planeta. A história toma, a toda hora, mudanças abruptas de direção que nunca permitem perceber qual será o próximo acontecimento. O leitor sente-se em uma alucinante montanha russa que ganha velocidade cada vez maior e vai fazendo sucessivas curvas fechadas, que não param um instante até o inesperado final.


Jorge Alexandre Moreira, carioca, devoto de Stephen King, Clive Barker, Rubem Fonseca e Jorge Amado, escreve terror e suspense desde tempos imemoriais. Esteve no Exército por seis anos, onde conseguiu inspiração e conhecimento para escrever “Escuridão”, uma história de terror ambientada na Amazônia com um conflito entre brasileiros e americanos como pano de fundo. Alexandre também escreve contos nos quais o sobrenatural está sempre presente, mas os maiores monstros são humanos.

Quem disse que o Brasil não tem terror de qualidade?
Desde que entrei para a Aberst  (Associação Brasileira de Escritores de Romances Policial, Terror e Suspense), tenho consumido uma infinidade de contos e romances da categoria que tem enchido minhas manhãs de muito terror e entretenimento, sem falar no policial que é a minha categoria favorita.
Escuridão, do Alexandre Moreira, é um romance que se passa na Amazônia, uma área conhecida pelos índios como “Suu Ruu Birê” ou Terra da Noite que engole, pois essa área da floresta é muito fechada por conta das árvores centenárias e gigantescas. Ali quase não se vê os raios solares.
Nessa área vive algo há milhares de anos, algo que os seres humanos desconhecem e que uma equipe americana tem o desprazer de se deparar. Os personagens aqui são fabulosos, as falas deixam a características de cada um bem evidente, o índio Ubirajara é um grande exemplo. Com temas bem atuais escuridão é um livro incrível que merece ser lido e apreciado por todos os fãs de terror.
Fiquei muito feliz, pois a história se passa praticamente na mesma região do meu conto Os Guardiões de Eldorado de 2013.

Recomendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *