ENTREVISTA COM DJALMA MARQUESANI

Fale um pouco sobre você, deixe o leitor conhecer quem é a pessoa.

Sou Djalma Marquesani, tenho 43 anos e moro em Itanhaém – SP. Sou escritor de suspense e gosto muito de inserir o misterioso e inacreditável  em minhas histórias: como elementos paranormais, ficção científica, terror ou tudo isso misturado em uma só história.

Trabalho na Segurança Pública desde 2008 e a experiência profissional dessa área, também me ajuda demais a elaborar histórias com maior veracidade, mesmo sendo extraordinárias.

A arte sempre foi presente em minha vida, tenho grande experiência na música (que aliás, é minha formação universitária), sou escultor, mas a minha maior aptidão artística sempre foi contar histórias através da escrita.

O que te levou a ser escritor? Quais as expectativas quando começou a escrever?

Escrevo desde os 20 anos, porém, quando criança, já enchia meus cadernos escolares com histórias em quadrinhos que eu mesmo criava (que é uma grande paixão), mas somente em 2023 publiquei o suspense policial, Conectados. Não foi a primeira história que escrevi, mas foi a primeira que publiquei.

Após anos escrevendo e tentando fazer algo que que realmente parecesse bom, caso eu fosse um leitor, criei Conectados e abri as portas do Vale do Brasil, um Estado Brasileiro fictício, onde tem muitas cidades peculiares. Cada livro ou conto que escrevo, se passa dentro dessa região, mas aviso que essas histórias não se tratam de uma saga, podendo ser lidas em qualquer ordem.

Como sempre escrevi desde jovem e nunca mostrava meus textos a ninguém, não tinha expectativa sobre minhas histórias além ser uma diversão/terapia e obviamente, querer melhorar a forma de escrever e elaborar tramas mais complexas e interessantes.

Após ter o primeiro livro publicado, a expectativa ainda continua a mesma: crescer como autor de literatura popular, aprendendo cada vez mais, com aqueles que têm mais tempo de estrada e aos poucos, tentar incentivar para que as pessoas leiam novos autores.

Se você for um autor com outros trabalhos publicados me conte um pouco da sua experiência, de como é a divulgação dos seus livros e contos. Você acha fácil a parte do marketing? Como estão suas expectativas hoje, referente ao mercado literário.

Esse é um assunto que acho “engraçado”, porque como eu disse antes, foram mais de 20 anos escrevendo sem mostrar meus textos a alguém e consequentemente, sem fazer contato com ninguém do meio editorial, nem outros autores nacionais.

Não imaginava o quanto dava trabalho ser um autor independente. Como digo aos colegas das letras: Temos a luta diária de ser autor e ainda ter que ser um bom vendedor.

É muito complexo trabalhar o marketing, sendo um autor pouco conhecido. O mercado literário tem espaço para todos, isso é fato, mas o difícil é o consumidor dar chances a um novo autor.

Sem contar que as editoras de médio e grande porte, ainda preferem muitas vezes publicar a décima edição de um autor falecido, que não irá escrever mais nada novo, do que dar uma chance a um novo escritor, que poderá produzir muito em sua carreira. As editoras deveriam dar mais oportunidades a esses escritores da nova safra, tem muita gente talentosa que merecia visibilidade.

Cursos de técnicas de escrita, já fez algum? Qual sua experiência?

Fiz no início deste ano, e tenho feito todos os cursos da ABERST, que são excelentes e altamente recomendáveis!

Como é para você participar de feiras e eventos literários? Se não participou, me conta como faz para vender seus livros?

Nunca participei, inclusive farei o meu primeiro também, com o pessoal da ABERST em junho, na cidade de Santos.

Vendo meus livros pessoalmente ou pelo meu Instagram @djalmamarquesani.escritor

Também estão disponíveis em formato digital, na Amazon https://www.amazon.com.br/stores/Djalma-Marquesani/author/B0C6R6V47L?ref=ap_rdr&isDramIntegrated=true&shoppingPortalEnabled=true

Se você mora fora da conexão Rio/ São Paulo, me conta como é participar de eventos literários.

Físico ou e-book, me conta sua experiência como leitor e escritor.

Físico com certeza! Apesar de ser um adepto às tecnologias, para ler ainda sou velha guarda, prefiro ler no papel.

E também como escritor, recomendo meus livros em formato físico, pois o formato digital não vai com as ilustrações que normalmente gosto de incluir na obra, além de não ter a diagramação que o livro físico tem.

Em minha opinião, o e-book ainda não supera a experiência de um livro físico.

Um livro sempre será um presente elegante.

Me fale do seu conto na coletânea Podletras. (sem spoiler) e como foi participar da seleção?

Acho sensacional o trabalho que a dupla de escritores, César e Will fazem, divulgando novos autores e apoiando a literatura nacional com muita paixão.

Foi muito divertido escrever A Fórmula de Majda para a seleção do PodLetras. E ser escolhido junto de tanta gente qualificada, talentosa e com currículo pesadíssimo no meio literário, está sendo uma enorme honra.

Para encerrar um bate bola

Autor preferido: Stephen King

Livro de cabeceira: A Metade Negra

Tomaria um chá com: Tito Prates e Débora Gimenes

Deveria existir: Arsène Lupin

Não deveria ter partido: Ayrton Senna

O apocalipse vai acontecer: Cinco coisas que você não deixaria para trás: (são coisas e não pessoas)

Meu vídeo game, minha TV,  muita comida, arma e munição💀.

Fundamental para você como escritor, que vc não pode ficar sem.

Meus sonhos.

Como escritor eu indico: (pode ser livro, outro escritor, canal do youtube, aplicativo, o que vc achar que fará diferente para outro escritor)

Para não encher de livros indicados, irei mencionar apenas dois autores nacionais contemporâneos:

Meu favorito de 2023: A Morte Faz seu Preço, Atila Vila Rio

Até o momento, meu favorito de 2024: Museu do Crime, Tito Prates

Considerações finais. Fale de seus projetos e sonhos futuros.

Para este ano de 2024 tenho bastante objetivos: Publicar mais dois contos inéditos, Publicar meu terceiro suspense entre Outubro ou Novembro (a escrita já  está finalizada).

Também estou escrevendo meu primeiro roteiro para quadrinhos. É um trabalho paralelo mas que pretendo alcançar sem pressa, talvez final de 2025 ou início de 2026.