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ENTREVISTADO
A. T. Sergio é pernambucano, escritor de terror, suspense e policial, publicado por editoras nacionais. Autor Hardcover e diretor da ABERST, teve seu livro “Eles” como finalista do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica, edição 2020. Colunista de portais literários e jornais, publica textos sobre escrita e universo geek.
LEITOR
Qual o livro que marcou sua vida? Por quê?
Muitos livros me marcaram, mas um em especial me levou a querer ler mais terror/suspense: “O Cemitério”, do mestre Stephen King. A estrutura narrativa e a construção dos personagens, com a temática sobre o que há ou não após a morte, me envolveram de tal forma que nunca mais larguei o gênero.
Qual seu estilo literário preferido?
Gosto de ação, mas com uma dose certa de suspense psicológico. Cenas tensas, com descrições que me fazem mergulhar na história, me deixando dentro da trama. E se tiver um terror no meio, tanto melhor!
Cite um livro que todo mundo ama e você odeia.
A série Crepúsculo. ODEIO!
Cite um lugar que você quis ou quer conhecer por causa de um livro.
Grécia, mais especificamente a Acrópole em Atenas. Nem tanto por um livro, mas por vários textos mitológicos e de história antiga, meu hobby nas horas vagas.
Melhor escritor de todos os tempos
Difícil citar um. Dar esse título não é algo fácil. Mas se for para escolher um destaque, alguém que foi diferenciado e que é reverenciado até hoje, eu tenho que dizer Edgar Allan Poe.
Cite um livro que te deu muito medo.
Saco de Ossos, do mestre Stephen King. As cenas narradas naquele livro mexeram comigo. Pode não ser o melhor terror dele, mas algo na história me pegou de jeito.
Cite um livro que te fez chorar.
A antologia Cicatrizes na Alma, publicada pela Rico e que tem um texto meu. É uma antologia que trata do setembro amarelo, com histórias muito tocantes. Me emocionou demais a coletânea.
Um livro que você leu para ou com os seus filhos.
Não sou muito de ler para meus filhos, mas podemos ficar com os clássicos como Cinderela, Branca de Neve, Alice no País das Maravilhas e outras histórias.
Um autor que te surpreendeu
Caesar Charone. Muito versátil em seu estilo narrativo, discorrendo sobre assuntos/temas diversos. Cada história dele é diferente, de uma forma bem positiva. É um autor que vale acompanhar.
Um autor que você é fã de carteirinha
Essa é fácil: André Vianco. Sou fã demais pela coragem, pela história de vida, pelo estilo de escrita. Mas coloco aqui também dois autores que me cativaram com seus livros, sua postura de vida e capacidade de adaptação ao mercado e ao mundo: Cláudia Lemes e Tito Prates.
ESCRITOR
Como foi o processo para você se tornar escritor?
Eu decidi que escreveria ficção ao me deparar com o livro “Os Sete” do André Vianco em uma livraria em um shopping onde eu trabalhava. Eu vi naquela capa, na sinopse, a coragem de um autor nacional em ambientar sua história em terras tupiniquins, usando nosso mapa geográfico e social para construir um universo do terror muito bem escrito.
Qual o estilo de escrita que você se identifica mais?
Eu escrevo hoje em dia de forma mais dinâmica, com mais ação entre situações de tensão. O terror psicológico, a atmosfera, a ambientação do terror/suspense me cativam e é como eu gosto de escrever. E isso aprendo a cada publicação com meus editores.
Qual sua maior decepção como escritor?
Ver um texto meu alterado após meu retorno da revisão, sem minha autorização, publicado em um livro impresso. O que era para ser a história de abertura para o meu universo, descrito com mais detalhes no “Eles”, acabou sendo tão decepcionante que deixei de lado e hoje nem divulgo o nome do livro e da editora.
O que te traz mais prazer na escrita?
Meus leitores. São uns fofos, sempre me dando feedback, falando o que acharam das histórias e me incentivando. Até hoje, só mensagens positivas.
Você tem um ritual na hora de escrever?
Eu me sento de frente para o PC, ligo uma música bem pesada, de preferência punk rock ou heavy metal, e me desligo do mundo, digitando que nem um louco. Só levanto a cabeça quando consigo fechar a meta do dia/semana, satisfeito com a qualidade do que foi escrito.
Qual dos seus trabalhos te deu mais prazer?
Com certeza escrever e publicar “Eles” foi o que me deu mais prazer até agora. Foi um livro que veio para minha cabeça pronto, mas que sofreu muitas correções na edição e me ensinou demais todo o processo de publicação.
Você já foi reconhecido na rua, ou em um evento?
Sim! E quase morri de emoção! Foi em uma Bienal no RJ. Uma pessoa me parou, tirou minha antologia poética da bolsa e pediu meu autógrafo. Foi mágico mesmo.
Você gosta de personagens padrões (o protagonista perfeitinho, a protagonista linda e delicada, o antagonista feio e mal) ou prefere se arriscar com o novo?
Eu sempre me arrisco. No “Eles”, por exemplo, eu criei uma dupla entre um homem de 40 anos e uma adolescente de 12. E a química deu certo!
Você prefere publicar por editora ou a liberdade de ser um autor independente?
Independência é vida! Agora que publiquei “As 13: Histórias Diversas” de forma totalmente independente, não pretendo sair dessa linha. Assinar com uma editora, só por um contrato que realmente valha muito a pena.
Quais seus próximos projetos?
Estou escrevendo um novo livro, que deveria ter sido lançado agora no segundo semestre de 2020, mas que terá seu lançamento adiado para 2021. Em paralelo, estou com um projeto de contos policiais, com meu investigador Nogueira, para ser lançado em outubro/novembro desse ano.
No mesmo site você encontra o livro Eles e todos os outros trabalho do escritor e poeta.