Sobre o autor:
FRANCK THILLIEZ nasceu em Annecy, na França, e trabalhou com novas tecnologias antes de se dedicar inteiramente à escrita. É um dos mais destacados escritores de thrillers policiais na França, tendo seus livros traduzidos em vários países e adaptados para o cinema. A série de títulos que traz como protagonistas o casal de policiais Lucie Hennebelle e Franck Sharko é um sucesso de crítica. Franck mora atualmente em Pas-de-Calais.
- Formato(s) de venda: livro, e-book
- Tradução: André Telles
- Páginas: 368
- Gênero: Ficção
- Formato: 16 x 23
- ISBN: 978-85-8057-323-7
- Lançamento: 26/04/2013
Um estranho caso vem atrapalhar as férias de verão de Lucie Henebelle, tenente de polícia em Lille
, onde mora com as filhas gêmeas. Um de seus ex-namorados ficou cego depois de assistir a um estranho vídeo.
Simultaneamente, o comissário Franck Sharko, veterano da Divisão de Homicídios e analista comportamental na Divisão de Repressão à Violência, tenta curar uma esquizofrenia crônica. Mesmo assim, a pedido de seu superior e contra a vontade de Eugénie, a garotinha imaginária que o segue desde a morte de sua mulher e de sua filha, Sharko decide acompanhar a investigação de um crime violento. No norte da França, cinco cadáveres não identificados foram encontrados sepultados a dois metros de profundidade. Os corpos foram mutilados e estão em estado avançado de decomposição.
Enquanto Lucie descobre os horrores escondidos no enigmático filme, um misterioso informante do Canadá aponta-lhe o elo existente entre aquele rolo e a história dos cinco cadáveres. Um único e mesmo caso, graças ao qual Lucie e Sharko, tão diferentes e ao mesmo tempo tão próximos em sua concepção do ofício, se encontrarão. Seguindo pistas que se espalham por três continentes e cinco décadas, os dois colegas irão se deparar com um mal desconhecido, batizado como “síndrome E”. Uma realidade assustadora que revela como o ser humano pode ser capaz das maiores atrocidades.
O que eu achei do livro:
Nota 4
O livro, no comecinho, tem um toque de sobrenatural, mas logo se transforma no delicioso thriller policial.
A película, que aparece no livro, lembra um pouco o filme O chamado.
Mesmo de férias, Lucie, começa a investigar quem criou a película e quem são os atores ali presentes. Seria um Snuff Movie?
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Sharko se envolve com os cadáveres achados durante uma escavação e descobre que os corpos são de homens, entre 20 e 25 anos e que um é de um mongolóide. Além disso, seus olhos e cérebros são removidos.
Uma das abordagens do livro é a fantasia do optograma. Trata-se da crença que a pessoa quando é morta de forma violenta, registrada na sua retina a ultima coisa que viu. Muitas pessoas acreditavam nisso entre a metade do século XIX e início do século XX. Fico a imaginar as atrocidades que os médicos e cientistas faziam para comprovar suas teorias.
Sharko tem um problema psicológico, toma remédio para isso e bebe o tempo todo. Em momento algum o autor fala o que acontece quando se ingere álcool e remédios controlados ao mesmo tempo.
Também achei muito estranho o chefe dele convocá-lo para acompanhar o caso, afinal ele é uma bomba relógio.
Sharko a destemido, porém não sei se a coragem dele tem a ver com a doença, com o fato dele ter perdido tudo na vida, ou se é característica dele mesmo.
Umas das coisas que me atraiu em Lucie é o fato dela ser uma investigadora de instintos. Ela segue o que acredita e não as probabilidades.
O autor também trata a relação de Lucie e sua família de forma clara. As discussões com a mãe sobre ausência da policial que está com uma das gêmeas internada, faz com que o leitor se questione sobre as dificuldades de se criar os filhos e manter a carreira.
O autor ainda fala sobre o passado negro do Canadá, conhecido como órfãos de Duplessis (não sei se realmente existiu esse passado), sobre os arquivos secretos da CIA, Legião estrangeira, atrocidades ocorridas no mundo como o nazismo e o ataque de Ruanda e experimentos científicos com cérebros de animais e pessoas.
Eu shipei muito Lucie e Sharko, pelo fato deles lembrarem muito meus personagens Cris e Vieira de Chamas da Morte, além disso, percebi uma semelhança entre eu e o autor em terminar o romance.
A Síndrome E é um romance que me fisgou, apesar de partes cansativas, porém importantes. Recomendo